Por g1
O dólar fechou a sessão desta terça-feira (18) em leve alta, após passar a primeira parte do pregão em território negativo. Investidores continuaram a repercutir dados sobre a atividade econômica brasileira, em meio às expectativas pelo início dos cortes de juros. No exterior, as atenções seguiram voltadas para os balanços corporativos dos Estados Unidos.
Ao final da sessão, a moeda norte-americana subiu 0,05%, cotada a R$ 4,8088. Veja mais cotações.
No dia anterior, o dólar fechou em alta de 0,24%, vendido a R$ 4,8064. Com o resultado de hoje, a moeda passou a acumular:
- altas de 0,29% na semana e de 0,42% no mês;
- queda de 8,89% no ano.
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O que está mexendo com os mercados?
Sem grandes novidades no noticiário doméstico, investidores continuaram a repercutir os dados do IBC-Br, divulgados pelo Banco Central do Brasil (BC) na véspera.
Esse indicador é considerado a prévia do Produto Interno Bruto (PIB) oficial do país e mostrou que, em maio, a atividade econômica brasileira recuou 2% em relação a abril.
Com esse resultado, especialistas do BTG Pactual destacam que o mercado passou a precificar com mais força uma sequência de quedas na Selic, taxa básica de juros. Isso porque os juros altos encarecem os custos de tomada de crédito e financiamento e geram uma desaceleração econômica.
“Um corte de juros em agosto é visto como um evento altamente provável pelo mercado. A principal incerteza é se o Copom começará com um movimento de redução de 0,25% ou 0,50%”, comenta Luiz Calado, vice-presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças de São Paulo (IBEF-SP).
No exterior, investidores seguiram de olho na temporada de balanços corporativos das empresas norte-americanas, que trazem uma sinalização de como anda a maior economia do mundo para as empresas.
Nesses primeiros dias da temporada de resultados, o Bank of America reportou um lucro de US$ 7,4 bilhões no segundo trimestre deste ano, uma alta de 19% em relação ao trimestre imediatamente anterior e acima das projeções. Analistas explicam que essa alta foi impulsionada, principalmente, pelos juros americanos, que estão entre 5,00% e 5,25% ao ano.
O Morgan Stanley, por sua vez, registrou uma queda de 18% no lucro do segundo trimestre, pressionado por uma queda nos negócios em Wall Street, que atingiu a divisão de investimentos do banco.
Na agenda de indicadores norte-americana, os dados de vendas no varejo de maio vieram abaixo das expectativas do mercado, com uma alta de 0,2% ante o 0,5% projetado.
Fonte: G1 – ECONOMIA