
O diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, afirmou nesta sexta-feira (26) que o Brasil não deve se tornar destino de passageiros não vacinados durante as festas de final de ano.
“Estamos na época do inverno no hemisfério norte, muitas pessoas desejam passar os seus períodos de inverno em países mais quentes, como o Brasil. Inclusive com a questão da moeda, temos uma moeda que, para o estrangeiro, está bastante atraente para passar as férias. Temos o Natal, o Ano Novo. Então o Brasil se torna atraente para o turista, como sempre foi”, disse Barra Torres em entrevista à GloboNews.
“Agora, o Brasil não pode ser atraente para o turismo antivacina. Isso não é razoável, não é aceitável, e nós iremos às ultimas consequências defendendo as nossas posições embasadas em ciência para proteger o nosso cidadão”, complementou o diretor da Anvisa.
Barra Torres afirmou que nenhuma medida restritiva contra o coronavírus é totalmente eficaz, mas que o governo brasileiro deve fazer tudo o que estiver ao seu alcance para impedir a entrada da nova variante no Brasil, identificada como B.1.1.529.
Vacinação para viajantes
Na quinta-feira (25), a Anvisa divulgou duas notas técnicas recomendando à Casa Civil que a vacinação contra a Covid-19 seja obrigatória para entrada no Brasil por ar e terra. A segunda dose ou a dose única da vacina deve ter sido dada pelo menos 14 dias antes da entrada no país.
A política de entrada que está em vigor no país hoje não exige a vacinação – seja por terra ou ar. A entrada de estrangeiros por rodovias ou quaisquer outros meios terrestres está proibida, com algumas exceções. A recomendação da agência é, no futuro, só permitir a entrada de pessoas por este modal se estiverem vacinadas.
O ministro da Justiça, Anderson Torres, falou sobre o “passaporte da vacina”. Segundo ele, a pasta é contra essa exigência.
A Anvisa é responsável por assessorar o governo. Quatro ministérios são responsáveis pelo fechamento de fronteiras: Justiça, Saúde, Casa Civil e Infraestrutura.
“O que fizemos hoje foi em soma a essas notas técnicas aonde preconizamos fortemente a adoção de passaporte vacinal, certificado vacinal, para que estrangeiros que venham ao Brasil pelo menos mostrem que estão vacinados. Nós sabemos que essas vacinas visam evitar que as doenças se desenvolvam. Não há garantia de 100%, nem para Covid, nem para outra doença. Entretanto, existe a possibilidade que a doença seja evitada”, alertou o diretor da Anvisa.
Fonte: G1