FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE HOSPEDAGEM E ALIMENTAÇÃO

Alta no preço da passagem aérea preocupa setor hoteleiro

Compartilhe essa publicação:

Crédito/Foto: Pixabay_Anestiev

Foi se o tempo em que existia no Brasil aquela velha máxima de que comprar passagem aérea antecipada conseguia preço mais baratos. Ou quem sabe varar a madrugada vasculhando a internet em busca das tais promoções. Quem está planejando viajar para as festividades de final de ano, e até mesmo no carnaval, já sentiu que alguma coisa está fora da órbita em relação aos preços das passagens aéreas que estão nas alturas, mas em ano eleitoral, essa é uma questão de difícil solução. Com isso, o alto preço da passagem aérea é uma realidade que já está preocupando a hotelaria no País que teme os cancelamentos e uma abrupta interrupção, ainda que temporária, da retomada do setor, que continua em ascensão.

Em junho deste ano, a CNC – Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo divulgou uma projeção sobre o preço do bilhete aéreo no resto do ano e a constatação foi de que este continuaria em ascensão no decorrer de 2022. Para a CNC, a previsão naquele momento era a de que o custo das passagens seguisse pressionado, com previsão de alta entre 5% e 10% no valor pago pelo consumidor. O mesmo levantamento apontou que no intervalo entre os meses de maio de 2021 e maio de 2022, o preço das passagens teve alta acumulada de algo em torno de 89%. Em maio deste ano, segundo ainda a CNC, as passagens de avião foram o item que mais contribuiu para a alta mensal do IPCA. A entidade aponta ainda que, apesar da alta de 89% no período, e de 102% se analisado desde setembro de 2020, os preços têm alavancado depois de um período de queda brusca. De março a agosto do referido ano, houve uma queda de, em média, até 48% nos preços dos bilhetes, causada pela demanda encolhida por voos naquele período, de auge da pandemia do COVID-19.

Apesar da alta para os próximos meses apontada pela CNC, as passagens devem ter valor ainda mais elevado no final do ano, quando a demanda tende a ser maior e nem a queda do Querosene de Aviação de 10,4% em agosto, resultou em readequação do valor dos bilhetes. Frente a questão levantada, o Ministério do Turismo declarou: “O governo federal tem adotado uma série de ações para fortalecer o setor aéreo no País que, antes da pandemia, movimentava cerca de 90 milhões de passageiros pelo Brasil. Estas ações passam pela melhoria do ambiente de negócios no País, reduzindo burocracias e encargos que buscam diminuir os custos operacionais para voar, além da realização de rodadas de conversas com companhias aéreas.

Entre elas estão a introdução do combustível JET-A na aviação brasileira que reduz custos operacionais das companhias, a diminuição de alíquotas do IRRF – Imposto de Renda Retido na Fonte sobre o leasing de aeronaves, a abertura de mercado para companhias aéreas estrangeiras ampliando a concorrência e a criação de um grupo de trabalho com a EMBRATUR – Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo para discutir desafios, gargalos e melhorias para o setor de aviação.

Cabe destacar ainda, as sucessivas reduções no preço do QAV – Querosene de Aviação que, desde 1º de outubro deste ano, registra uma redução de 0,85%, representando a terceira queda em três meses deste item que, segundo a ABEAR – Associação Brasileira das Empresas Aéreas, representa mais de um terço dos custos totais das companhias aéreas.

Por fim, cabe destacar que essas ações reafirmam o compromisso do governo brasileiro em continuar trabalhando junto com o setor aéreo para impulsionar o fluxo de passageiros a preços acessíveis. Como resultado, o número de pessoas embarcando nos aeroportos brasileiros tem crescido mês após mês, aproximando-se cada vez mais dos resultados pré-pandemia. De janeiro a agosto deste ano foram transportados 53 milhões de passageiros em voos nacionais, que correspondem a 92% do número registrado no mesmo período de 2019. Inclusive, alguns aeroportos já registram ocupação acima de 100%, quando comparados aos números registrados no pré-pandemia”.

Fonte: Hotel News

Scroll to Top