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Resultado do 1º turno das eleições e impactos esperados na política, mercados e economia

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Crédito/Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Trazemos, nesse relatório, o comentário das nossas equipes de análise Política, Economia e Estratégia, sobre os resultados e o que esperar para os preços de ativos e mercados.

O segundo turno entre Lula e Bolsonaro

Em que pese nosso cenário já contemplasse uma dianteira de Lula sobre Jair Bolsonaro menor que os 13 pontos anotados pelas pesquisas de véspera, o resultado do primeiro turno da disputa presidencial, com uma vantagem de 5 pontos a favor do petista, reduz a probabilidade de vitória do ex-presidente em segundo turno, embora, em um primeiro momento, não lhe subtraia seguir com ainda um certo favoritismo no 2º turno.

Isso porque, com 99,4% das urnas apuradas, havia cerca de 8,4 pontos em disputa — Bolsonaro precisaria conquistar pelo menos 79% deles para ser vitorioso daqui quatro semanas.

E, nas últimas semanas, a migração potencial estimada não parecia o favorecer: dos cerca de 6% que Ciro Gomes registrava em pesquisas, algo entre 3 e 4 pontos migravam para Lula no segundo e cerca de 1 ponto ia para Bolsonaro. Dos cerca de 4% de Simone, 2 pontos iam para Lula e 1 ponto para Bolsonaro no segundo turno — em que pese o estudo sobre migração de votos tenha limitações, seja pelos movimentos de reta final, seja pela pequena amostra oriunda dos votos já magros de antes.

Em termos absolutos, fez muita diferença para o resultado deste domingo a discrepância nos estados do Sudeste: em São Paulo, pesquisas davam perto de 10 pontos de vantagem de Lula sobre o presidente, enquanto Bolsonaro teve 7 pontos de dianteira sobre o petista. Minas Gerais e Rio de Janeiro tiveram resultados na mesma direção.

A distância menor, por óbvio, dá fôlego à narrativa da campanha de Bolsonaro — ainda mais porque o comitê petista chegou à reta final falando em “onda” que poderia lhe dar a vitória em primeiro turno. Embora atrás, Bolonaro sai do primeiro turno com cara de vitorioso.

Para o segundo turno, ele contará também com relevantes aliados em estados populosos. Em Minas, Romeu Zema, reeleito, ganha incentivos a fazer campanha para Bolsonaro, e a dianteira de Tarcísio de Freitas em São Paulo lhe dá importante palanque no maior colégio eleitoral do país. A ordem, portanto, é investir pesado nesses dois estados e aproveitar a vantagem conquistada Brasil afora, como nas 18 vagas conquistadas de um total de 27 para o Senado, para ter palanques fortes, capazes de inverter a vantagem de Lula

A campanha de Lula, que contava com um segundo turno em que apenas administraria a dianteira por quatro semanas, precisará se reinventar para manter o fôlego. Lula buscará ampliar a frente democrática com apoio dos partidos que não embarcaram no primeiro turno, como o MDB de Simone Tebet — que acabou superando Ciro — com expectativa de que a própria senadora declare seu voto no petista.

Fonte: XP – Expert XP – conteudos.xpi.com.br/acoes/relatorios

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