FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE HOSPEDAGEM E ALIMENTAÇÃO

Viagens solo se tornam nova tendência pós-pandemia

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Crédito/Foto: AdobeStock

Os dados revelam que mulheres têm cada vez mais buscado se aventurar e viver sozinhas suas experiências de viagem

Em meio às transformações provocadas pela pandemia, uma tendência que vem ganhando força no cenário turístico global é o aumento das viagens solo – ou seja, as viagens desacompanhadas. As pessoas acabaram se acostumando ao isolamento e à solidão impostos pelos períodos de confinamento, e começaram a enxergar nas experiências individuais uma oportunidade de autodescoberta e reconexão consigo mesmas.

De acordo com o relatório Global Travel Insight, da Visa, a expectativa é de que as viagens solo cresçam cerca de 35% até 2030, atingindo aproximadamente 580 milhões de adeptos em todo o mundo. A busca por essas experiências individuais não implica, no entanto, em um afastamento completo da sociabilidade. Surpreendentemente, mesmo entre os viajantes solo, a procura por novas conexões interpessoais e experiências compartilhadas continua a ser um fator relevante.

Entre os adeptos desse novo estilo de turismo, as mulheres têm se destacado como um grupo significativo. Dados do Booking.com revelam que, no final de 2020, 39% das viajantes brasileiras afirmaram ter planos de realizar uma viagem solo no futuro. Esse movimento ganhou ainda mais evidência em 2021, quando aproximadamente 19% das passagens aéreas adquiridas por mulheres na MaxMilhas eram destinadas a viagens individuais. Durante o carnaval desse ano, esse número saltou para 22,3% das vendas totais.

Alexandre Sampaio, presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA) compartilhou sua visão sobre essa crescente tendência. “As viagens solo representam uma modalidade que está ganhando força, e isso não apenas reflete uma mudança nos hábitos dos turistas, mas também traz consigo um potencial significativo para movimentar a economia e o turismo do país”, afirma. O presidente destaca ainda a importância de adaptar os serviços e infraestruturas turísticas para atender a esse público crescente, proporcionando experiências personalizadas e seguras para quem está sozinho, semelhante às atividades em grupo.

O fenômeno das viagens solo, além de impactar positivamente a economia do setor, também promove uma abordagem mais consciente e individualizada do turismo. “Os viajantes solo buscam explorar destinos de forma única, construindo suas próprias narrativas e colecionando experiências que transcendem as barreiras do convencional. Nesse contexto, as empresas do setor turístico têm a oportunidade não apenas de se adaptar às novas demandas, mas também de inovar e redefinir o significado das jornadas individuais em um mundo pós-pandêmico”, pontua Sampaio.

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