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Por g1
Ao final do pregão, o índice subiu 1,34%, aos 119.673 pontos.Veja mais cotações.
O movimento positivo veio na esteira da forte valorização das ações da Vale, empresa com maior peso na composição do Ibovespa, que subiram mais de 3% na sessão. Outras mineradoras e siderúrgicas também tiveram um dia positivo, acompanhando a valorização do minério de ferro no exterior, com as expectativas de novos estímulos econômicos na China – o principal demandante pela commodity.
Na última sexta-feira, o Ibovespa fechou em baixa de 0,25%, aos 118.0,7 pontos, mas encerrou o mês com seu 4° melhor desempenho histórico. Com o resultado de hoje, o índice passou a acumular alta de 9,12% no ano.
No mercado cambial, o dólar subiu 0,39%, vendido a R$ 4,8078.
O que está mexendo com os mercados?
O principal destaque dessa semana fica com o andamento da reforma tributária no país.
No domingo, Arthur Lira afirmou que “de sexta não passa” a votação da reforma na Câmara e ainda disse que os deputados estão abertos ao diálogo, quando questionado sobre a resistência de governadores e prefeitos ao ponto do projeto que estabelece um conselho para gerir a divisão do tributo que vai substituir o ICMS e o ISS (impostos de alçada estadual e municipal).
“Eu tenho que me colocar no lugar do governador de São Paulo, do prefeito do Rio, de todos que estão preocupados com perdas”, comentou. O presidente da Câmara pontuou que não há ponto no texto que não possa ser mudado e que o governo também precisa compreender que a melhor reforma a ser aprovada é a “reforma possível”.
A reforma tributária é uma das prioridades do primeiro ano do governo Lula. A ideia é que esta primeira etapa da reforma:
- modernize a cobrança dos impostos sobre o consumo;
- diminua a burocracia para as empresas;
- facilite o recolhimento dos tributos;
- encerre distorções do atual modelo, que geram custos para produtores e consumidores.
Além da reforma, outras pautas econômicas também devem estar nas pautas da Câmara nos próximos dias, com destaque para os projetos do Carf e o projeto do novo arcabouço fiscal, que voltou do Senado.
Ainda no cenário doméstico, o último Boletim Focus — relatório do Banco Central do Brasil (BC) que reúne as projeções de economistas para os principais indicadores econômicos — mostra que o mercado financeiro projeta uma inflação de 4,98% até o fim de 2023, contra expectativa de 5,06% na última semana.
Essa já é a sétima semana consecutiva de queda nas projeções, mas elas ainda apontam para uma inflação acima da meta do BC – de 3,25%, podendo oscilar entre 1,5% e 4,5%.
As expectativas também caíram para a Selic, taxa básica de juros. Agora, os economistas projetam uma taxa Selic em 12% até o fim do ano, contra 12,25% anteriormente.
No exterior, os mercados tiveram um dia mais positivo, apesar de dados econômicos mostrarem uma desaceleração da atividade econômica na Europa e na China. A semana será marcada, ainda, por divulgações de dados importantes nos Estados Unidos.
No país asiático, o PMI Industrial do Caixim (um indicador que consulta 650 empresas industriais para sondar a a percepção sobre a economia) caiu de 50,9 em maio para 50,5 em junho. No entanto, os mercados naquele continente fecharam em alta, com a expectativa de que o banco central chinês ofereça estímulos econômicos para reaquecer a atividade.
Já na zona do euro, o PMI da indústria caiu para 43,4, em relação aos 44,8 de maio, o nível mais baixo desde que a pandemia de Covid se consolidava no mundo. O resultado ficou abaixo da leitura preliminar de 43,6 e mais longe da marca de 50 que separa crescimento de contração.
Nos Estados Unidos, investidores aguardam a divulgação da ata do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que pode trazer sinalizações sobre o rumo das taxas de juros no país, e dados de desemprego nos próximos dias.
Fonte: G1 – ECONOMIA