FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE HOSPEDAGEM E ALIMENTAÇÃO

Ibovespa cai e encerra no menor nível desde junho, com juros dos EUA e tensões no Oriente Médio no radar; dólar fecha a R$ 5,01

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Bolsa de valores brasileira fechou em queda. — Crédito/Foto: SUAMY BEYDOUN/AGIF – AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/AGIF – AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO

A moeda norte-americana teve um recuo de 0,27%, cotada a R$ 5,0164, no menor patamar do mês. Já o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, caiu 0,33%, aos 112.785 pontos, no menor nível em três meses; movimento foi puxado por Petrobras.

Por g1

Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, encerrou o pregão desta segunda-feira (23) com perdas, atingindo o menor patamar em três meses.

O movimento foi puxado principalmente pelo recuo nos papéis da Petrobras em meio à queda nos preços do petróleo no mercado internacional e diante de rumores sobre uma eventual mudança em seu estatuto. (veja mais abaixo)

Investidores ainda monitoraram o aumento das tensões na guerra entre Israel e Hamas e seguiram na expectativa por novos dados dos Estados Unidos, que podem trazer sinalizações sobre a economia do país e, principalmente, quais devem ser os rumos das taxas de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).

O dólar, por sua vez, também fechou a sessão em queda, após um novo alívio nos rendimentos dos Treasuries (títulos públicos norte-americanos).

Veja abaixo o dia nos mercados.

Dólar

Ao final da sessão, o dólar recuou 0,27%, cotado a R$ 5,0164, no menor nível do mês. Veja mais cotações.

Na última sexta-feira, a moeda norte-americana fechou o dia com baixa de 0,45%, vendida a R$ 5,0302. Com o resultado de hoje, passou a acumular perdas de:

  • 0,27% na semana;
  • 0,20% no mês;
  • 4,96% no ano.

Ibovespa, por sua vez, recuou 0,33%, aos 112.785 pontos, no menor patamar desde junho.

O movimento foi puxado pela queda nas ações da Petrobras, de grande participação no índice. Os papéis da companhia caíram mais de 6% (preferenciais, sem direito a voto) e lideraram as maiores perdas da sessão.

A queda nas ações da petroleira veio em meio ao recuo nos preços do petróleo no mercado internacional — o alívio reflete o aumento dos esforços diplomáticos no Oriente Médio para tentar conter o conflito na região.

Notícias de que o conselho de administração da Petrobras também teria aprovado a apresentação de uma proposta de revisão em seu estatuto, que visa eliminar determinadas restrições à indicação de membros para a alta cúpula, também ficaram no radar.

Na última sexta-feira, o índice fechou com baixa de 0,74%, aos 113.155 pontos. Com o resultado de hoje, passou a acumular:

  • quedas de 0,33% na semana e de 3,24% no mês;
  • ganho de 2,78% no ano.

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O que está mexendo com os mercados?

Os mercados iniciaram mais uma semana com as preocupações com a guerra no Oriente Médio pesando fortemente nos negócios. O conflito entre Israel e Hamas já chegou ao 17º dia e deixou mais de 6.500 mortos, a maioria do lado palestino.

No último fim de semana, as Forças Armadas de Israel intensificaram os bombardeios contra a Faixa de Gaza e atacaram, também, a Cisjordânia. Algumas operações pontuais em terra foram realizadas no norte de Gaza e há expectativas de que o exército israelense invada o território por terra em breve.

Além disso, segundo a agência de notícias Reuters, algumas aeronaves de Israel atingiram o sul do Líbano durante os bombardeios da noite, aumentando as preocupações com a ampliação do conflito no Oriente Médio.

Para além de todos os danos humanitários causados pela guerra, do ponto de vista econômico, há uma grande preocupação com os possíveis efeitos que uma escalada do conflito possa causar no preço do petróleo e na dinâmica de inflação global.

Isso porque, embora a região de Israel e Palestina não tenha grandes reservas de petróleo, esse é um importante corredor logístico. O maior receio, porém, é que outros países da região, que é uma das mais importantes produtoras da commodity no mundo, se envolvam no conflito, o que poderia afetar a exportação do produto.

Com menos petróleo em circulação, a tendência é de alta no preço. Assim, por ser a fonte de energia mais utilizada no mundo, as expectativas são que haja uma pressão inflacionária sobre diversas cadeias produtivas, justamente em um momento em que vários países lutam para combater a inflação.

Essa cautela também está levando a uma disparada nos rendimentos dos títulos públicos norte-americanos desde a última semana, que atingiram os seus maiores patamares desde a crise de 2007.

Por serem considerados os ativos mais seguros do mundo, os investidores correm para esses títulos quando há incertezas políticas e econômicas.

Ainda no exterior, investidores também aguardam a divulgação de alguns dados econômicos importantes nesta semana nos Estados Unidos, como o Produto Interno Bruto (PIB) do 3° trimestre do país.

Já no Brasil, o dia foi de agenda mais fraca, contando apenas com o tradicional Boletim Focus — relatório do Banco Central (BC) que reúne projeções de economistas para os principais indicadores brasileiros.

Para este ano, a projeção dos analistas para o IPCA, a inflação oficial do país, recuou de 4,75% para 4,65%, dentro da meta do Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3,25% em 2023, podendo oscilar entre 1,75% e 4,75%.

Para 2024, a estimativa de inflação caiu de 3,88% para 3,87% na última semana. No próximo ano, a meta de inflação é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.

Fonte: G1 – ECONOMIA

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