Dólar opera em baixa um dia depois do Copom manter a Selic em 13,75% ao ano e com PIB dos EUA no radar

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Dólar opera em baixa nesta quarta-feira — Crédito/Foto: Alexander Mils/Pexels

Por g1

O dólar abriu opera em baixa nesta quinta-feira (27), após decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) de manter a taxa básica de juros em 13,75% ao ano. Os mercados também avaliam os dados do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos e a elevação das taxas de juros na zona do euro, divulgados mais cedo.

Às 12h53, a moeda norte-americana registrava queda de 1,58%, cotada a R$ 5,2955. Veja mais cotações.

No dia anterior, a moeda subiu 1,18%, cotada a R$ 5,3806. Com o resultado, acumula queda de 0,25% no mês e de 3,52% no ano frente ao real.

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Na quarta-feira, o Copom decidiu manter a taxa Selic em 13,75% ao ano. No comunicado emitido após a reunião, o Copom avalia que o “conjunto dos indicadores” nos últimos 45 dias sinalizou “ritmo mais moderado de crescimento” da atividade econômica brasileira; e apesar de quedas recentes em áreas específicas, “a inflação ao consumidor continua elevada”.

A decisão da instituição monetária veio em linha com o esperado pelo mercado, que repercute bem a informação durante as primeiras horas do pregão. Ainda no cenário interno, os investidores seguem de olho na corrida eleitoral, a dois dias do segundo turno das eleições para a Presidência Eleitoral.

No exterior, os juros também ganham os holofotes. Mais cedo, o Banco Central Europeu (BCE) decidiu elevar as taxas de juros na zona do euro em 0,75 ponto percentual, chegando a um patamar entre 1,50% e 2,25% ao ano.

Em comunicado, o BCE afirmou que a decisão tem como objetivo controlar o avanço dos preços e trazer a inflação na região – hoje em 9,9% no acumulado em 12 meses – de volta ao centro da meta, de 2%.

No Estados Unidos, o dia é marcado pela divulgação da primeira prévia do PIB do terceiro trimestre. De acordo com o Departamento do Comércio, a economia americana cresceu 2,6% entre julho e setembro, interrompendo um ciclo de dois trimestres consecutivos de contração.

A alta do PIB foi puxada pelo saldo positivo na balança comercial, com o setor externo contribuindo com 2,77% da leitura. Em contrapartida, o consumo das famílias continua em baixa e registrou uma desaceleração trimestral de 1,4%.

“Para os próximos trimestres, esperamos continuidade da perda de ímpeto no lado da demanda, que deve ficar cada vez mais evidente, especialmente nas leituras de varejo e nas despesas das famílias”, comenta a equipe de análises do BTG Pactual.

Com a desaceleração da demanda interna nos EUA, crescem as expectativas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) possa reduzir o ritmo de altas em suas taxas de juros, atualmente entre 3,00% e 3,25% ao ano. Os analistas do BTG pontuam que há “pouco espaço para surpresas” dentro da política monetária americana.

Fonte: G1 – ECONOMIA

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