Por g1
O dólar opera em baixa nesta quarta-feira (10), com investidores repercutindo a divulgação da inflação nos Estados Unidos, que subiu 0,4% em abril, abaixo das expectativas, segundo informou o Departamento do Trabalho do país.
O dado é importante para que o mercado entenda os possíveis rumos da política monetária na maior economia do mundo, que passa por um período de alta nos juros.
Às 13h56, a moeda americana caía 0,80%, cotada a R$ 4,9470. Veja mais cotações.
No dia anterior, o dólar teve queda de 0,49%, aos R$ 4,9870. Com o resultado, a moeda passou a acumular:
- Alta de 0,89% na semana;
- Lee queda de 0,01% no mês;
- Baixa de 5,51% no ano.
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O que está mexendo com os mercados?
O grande destaque do dia é a divulgação da inflação americana, que subiu 0,4% em abril e acumula alta de 4,9% em 12 meses, contra as expectativas de alta anual de 5%. A inflação na maior economia do mundo continua muito acima da meta do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de 2% em 12 meses.
A persistente pressão inflacionária nos Estados Unidos tem levado o Fed a promover a maior alta de juros em 16 anos. Na última semana, as taxas foram elevadas em 0,25%, a um patamar entre 5% e 5,25% ao ano.
Juros elevados no país pesam contra os ativos considerados de risco, como o mercado de ações e as moedas de países emergentes, caso do real.
Isso acontece porque, com as taxas maiores, os títulos públicos americanos, considerados os mais seguros do mundo, passam a entregar uma rentabilidade mais atrativa, levando a uma migração de dólares para o país.
Nesse sentido, com o número levemente abaixo das expectativas em abril, o mercado reage positivamente.
Já no Brasil, o dia é de pouca movimentação na agenda de indicadores econômicos. Durante a manhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga dados sobre a produção industrial em março.
Naquele mês, a indústria cresceu 1,1%, depois de dois meses seguidos de queda, segundo o IBGE. Com esse resultado, a produção industrial ainda está 1,3% abaixo do patamar pré-pandemia, em fevereiro de 2020, e 17,9% abaixo do recorde da série histórica, registrado em maio de 2011.
No cenário político, o deputado Cláudio Cajado, relator do arcabouço fiscal, afirmou que pretende terminar o texto até esta quinta-feira (11), para apresentá-lo na próxima semana.
Fonte: G1 – ECONOMIA