
Por g1
O dólar opera em alta nesta quinta-feira (28), voltando a superar os R$ 5, acompanhando mais uma vez a ampla força da moeda norte-americana no exterior.
Às 13h, a moeda norte-americana subia 0,75%, a R$ 5,0049. Veja mais cotações.
Já o Ibovespa opera com pequenas variações.
Na quarta-feira, o dólar chegou a bater R$ 5,0403, mas fechou em queda de 0,45%, a R$ 4,9675. A desvalorização veio depois de a moeda engatar três pregões de ganhos, ao longo dos quais acumulou salto de 8,04%. Com o resultado, passou a acumular alta de 4,38% no mês, mas mantém queda no ano, de 10,89%.


O que está mexendo com os mercados?
No exterior, as bolsas da Europa subiam e o petróleo era negociado em queda.
Os mercados globais seguem guiados pelas apostas de uma alta mais agressiva dos juros nos EUA e por preocupações com os impactos da guerra na Ucrânia e das restrições de combate ao coronavírus na China.
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Os EUA divulgaram que o PIB do país registrou uma surpreendente retração de 1,4% no primeiro trimestre, em dados anualizados. Por outro lado, os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 5.000, para 180.000 na semana encerrada em 23 de abril.
“A inflação, a verdadeira preocupação nos dias de hoje, viu o índice de preços do PCE subir 5,2% em relação ao ano anterior e isso está começando a pressionar o poder de compra das famílias, com a taxa de poupança caindo pouco mais de 1% neste trimestre”, observou o economista-chefe do Canadian Imperial Bank of Commerce (CIBC), Avery Shenfeld. Para ele, embora o crescimento tenha surpreendido para o lado negativo, “até que o avanço do emprego desacelere, o Fed estará focado em aumentar os juros para trazer essas pressões inflacionárias de volta à terra”.
Juros mais altos nos EUA elevam a atratividade de se investir na segura renda fixa norte-americana, o que tende a aumentar o ingresso de recursos na maior economia do mundo e, consequentemente, valorizar o dólar frente a outras moedas.
Por aqui, a FGV divulgou que o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) desacelerou para 1,41% em abril, passando a acumular alta de 14,66% em 12 meses. Já a confiança do comércio registrou a segunda queda seguida, enquanto que a dos serviços alcançou em abril o maior nível em cinco meses.
Na cena política, segue também como fator de preocupação a crise entre o governo e o Judiciário, após o perdão concedido pelo presidente Jair Bolsonaro ao aliado Daniel Silveira (PTB-RJ), condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a oito anos e nove meses de prisão por estímulo a atos antidemocráticos e ataques a ministros do tribunal.
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Fonte: G1 – Economia