FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE HOSPEDAGEM E ALIMENTAÇÃO

Dólar opera em alta e vai aos R$ 4,98, de olho em juros dos EUA e Europa; Ibovespa cai

Compartilhe essa publicação:

Cédulas de dólar — Crédito/Foto: bearfotos/Freepik

Na véspera, a moeda norte-americana avançou 0,30%, cotada a R$ 4,9530. Já o principal índice de ações da bolsa de valores brasileira encerrou em alta de 0,16%, aos 130.241 pontos.

Por g1

O dólar opera em alta nesta sexta-feira (23). Investidores monitoram novos dados econômicos da Europa e repercutem pronunciamentos recentes de diretores do Banco Central do Brasil (BC).

O mercado ainda avalia falas recentes de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e uma série de balanços corporativos divulgados na véspera.

Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, inverteu o sinal positivo visto no início do pregão e passou a operar em queda.

Veja abaixo o resumo dos mercados.

Dólar

Perto das 15h o dólar subia 0,59%, cotado a R$ 4,9821. Veja mais cotações.

No dia anterior, a moeda norte-americana subiu 0,30%, cotada a R$ 4,9530.

Com o resultado, acumulou:

  • queda de 0,26% na semana;
  • alta de 0,32% no mês;
  • avanço de 2,07% no ano.

Ibovespa

No mesmo horário, o Ibovespa caía 0,47%, aos 129.624 pontos.

Na véspera, o índice encerrou com uma alta de 0,16%, aos 130.241 pontos.

Com o resultado, acumulou:

  • avanço de 1,18% na semana;
  • alta de 1,95% no mês;
  • recuo de 2,94% no ano.

Entenda o que faz o dólar subir ou descer – Crédito/Foto: G1 – Reprodução_g1.globo.com/economia/video/

O que está mexendo com os mercados?

Em mais um dia de agenda esvaziada por aqui, investidores voltam as atenções para sinais sobre juros e inflação por parte dos bancos centrais do Brasil, da Europa e dos Estados Unidos, além de seguirem atentos ao noticiário corporativo desta sexta-feira (23).

No exterior, o principal destaque fica com a ata da última reunião do Banco Central Europeu (BCE), divulgada na véspera.

O documento reforçou a perspectiva de que qualquer conversa sobre redução de juros na zona do euro é prematura, dado o forte crescimento dos salários e as pressões sobre a inflação subjacente.

Além disso, os membros também sinalizaram que “ainda eram necessárias continuidade, cautela e paciência, uma vez que o processo desinflacionário permanece frágil e cortar juros cedo demais poderia reverter alguns dos avanços observados.”

“No entanto, a autoridade monetária pareceu mais otimista com o cenário de inflação, reconhecendo um balanço de riscos mais equilibrado em relação à meta. A próxima reunião do BCE será realizada em 7 de março e, embora não haja expectativa de corte nas taxas de juros, alguma mudança no tom do comunicado deve ocorrer”, avaliou a XP Investimentos em relatório.

Ainda no quadro de juros, investidores também continuam a repercutir falas recentes de dirigentes do Fed, que mais uma vez reiteraram a visão de que não há pressa por parte da instituição em começar a cortar os juros nos Estados Unidos.

Atualmente, os juros na maior economia do mundo estão no intervalo entre 5,25% e 5,50% ao ano — ainda no maior patamar desde 2001.

Por aqui, o foco fica com falas recentes de diretores do BC. O diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, ressaltou nesta sexta-feira que dados indicaram uma atividade resiliente na virada de 2023 para este ano.

Segundo Guillen, houve um consumo resiliente na economia do ano passado, mas os investimentos desaceleraram no período.

Na véspera, o diretor Gabriel Galípolo também fez comentários sobre o quadro nacional e internacional, reforçando que elementos geopolíticos ganharam mais relevância para a dinâmica global de preços.

Já no noticiário corporativo, o destaque voltou a ficar com a fabricante de chips e semicondutores Nvidia. Após um resultado que voltou a surpreender o mercado, ao reportar um crescimento de 265% em suas receitas no último trimestre de 2023, para US$ 22 bilhões, as ações da empresa dispararam e a companhia atingiu um valor de mercado de US$ 1,96 trilhão (cerca de R$ 9,7 trilhões), ultrapassando a Amazon.

O lucro da companhia, por sua vez, foi de US$ 12,3 bilhões no período, também acima das previsões e representando uma alta de 769% na mesma base de comparação.

Entre os balanços corporativos, a Vale reportou um lucro de R$ 39,9 bilhões em 2023, uma queda de 53,6% em comparação ao observado em 2022, de R$ 86,1 bilhões. No trimestre, o lucro registrado pela mineradora foi de R$ 2,4 bilhões, um recuo de 35% em comparação ao mesmo período do ano anterior.

Apesar da queda, no entanto, os resultados foram melhores do que o esperado pelo mercado, segundo a XP, impulsionados por um controle rigoroso de custos.

Os resultados do Nubank e da B3, divulgados na véspera, também ficam no radar.

*Com informações da Reuters

Fonte: G1 – ECONOMIA

Scroll to Top