FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE HOSPEDAGEM E ALIMENTAÇÃO

Dólar opera em alta, com novas críticas de Lula ao BC no radar

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Cédulas de dólar — Crédito/Foto: John Guccione/Pexels

Por g1

O dólar opera em alta nesta sexta-feira (3), com críticas renovadas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Banco Central.

Às 14h22, a moeda norte-americana avançava 0,17%, cotada a R$ 5,2116. Veja mais cotações.

No dia anterior, o dólar fechou em alta de 0,20%, cotada a R$ 5,2029. Com o resultado, a moeda acumula alta de 0,08% na semana. No ano, o recuo é de 1,42%.

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O que está mexendo com os mercados?

No Brasil, o ambiente político voltou a perturbar o mercado financeiro, com as declarações do presidente Lula e possível mudança da política de preços da Petrobras.

O presidente e ministros do governo federal retomaram críticas ao patamar mantido pelo Banco Central para a Selic, taxa de juros básica no Brasil.

“As pessoas dizem ‘o presidente não pode criticar o presidente do Banco Central’. Que absurdo. O presidente da República pode criticar. O que eu não posso é ser leviano e dizer coisas que não sejam verdadeiras”, disse Lula em entrevista à rádio BandNews.

“O que eu estou dizendo é a máxima verdade: não existe explicação para a taxa de juros ter 13,75%. Não existe excesso de consumo, não existe inflação de consumo neste país. A economia não está crescendo”, completou.

Além disso, ainda repercutem nos mercados as declarações do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, que disse nesta quinta-feira (2) que a empresa pode seguir outros referenciais fora da Paridade de Preços de Importação (PPI) para definir seus preços.

Segundo Prates, a PPI é uma “abstração”, e a Petrobras vai “praticar preços competitivos como ela achar melhor”. A Paridade de Preços de Importação (PPI) consiste em vender a gasolina e o diesel com base no custo de importação do produto para o Brasil.

“O PPI é uma referência e, se julgar necessário, terá mais de uma referência para ter o melhor preço para o consumidor”, explicou em sua primeira entrevista coletiva à frente do cargo, no Rio de Janeiro.

No exterior, o mercado continua a monitorar um fortalecimento do dólar com as incertezas sobre o rumo da política monetária em países desenvolvidos, principalmente nos Estados Unidos, onde a atividade econômica continua acelerada.

Com essa aceleração, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) tem mais dificuldade de controlar o avanço da inflação. O remédio para conter a alta dos preços, então, é manter as taxas de juros em patamares elevados. Hoje, os juros americanos estão entre 4,5% e 4,75% ao ano.

Juros mais altos implicam em um rendimento maior para os títulos públicos do país, considerados os mais seguros do mundo. Assim, investidores migram para esses investimentos, o que favorece o dólar em relação a moedas de outros países, principalmente os emergentes, como o Brasil.

Mas analistas em uma pesquisa da Reuters ainda preveem fraqueza para a moeda norte-americana dentro de um ano, mesmo com uma melhora nas perspectivas globais e expectativas de que o Federal Reserve pare de aumentar os juros bem antes do Banco Central Europeu.

Espera-se, então, que o dólar seja negociado abaixo dos níveis atuais em relação a todas as principais moedas nos próximos 12 meses. Embora analistas tenham previsto um dólar mais fraco em 12 meses por mais de cinco anos, suas previsões só se concretizaram em 2020, quando a divisa enfraqueceu mais de 6,5%.

Na Europa, o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) composto da S&P Global mostra que a recuperação da atividade empresarial da zona do euro ganhou ritmo no mês passado, com crescimento acelerado no setor de serviços.

O indicador subiu para um pico em oito meses de 52,0 no mês passado, de 50,3 em janeiro, um pouco abaixo de leitura preliminar de 52,3. Fevereiro marcou seu segundo mês consecutivo acima da marca de 50 que separa crescimento de contração.

“Uma expansão retumbante da atividade empresarial em fevereiro ajuda a aliviar as preocupações de uma recessão na zona do euro, por enquanto”, disse Chris Williamson, economista-chefe de negócios da S&P Global.

“Há sinais claros de que a confiança empresarial se recuperou das mínimas observadas no final do ano passado, impulsionada por menos preocupações com o mercado de energia, bem como sinais de que a inflação atingiu o pico e os riscos de recessão diminuíram.”

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