Dólar opera em alta após duas quedas seguidas

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Dólar opera em alta nesta quinta-feira — Crédito/Foto: Pexels_John Guccione

Por g1

O dólar opera em alta nesta terça-feira (22), após dois dias seguidos de queda, enquanto investidores aguardam a possível formalização da PEC da Transição nesta semana.

Às 12h49, a moeda norte-americana subia 0,66%, cotada a R$ 5,3454. Veja mais cotações.

Na véspera, a moeda norte-americana caiu 1,18%, vendida a R$ 5,3101. Com o resultado, acumula alta de 2,8% frente ao real no mês. No ano, tem queda de 4,75%.

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O que está mexendo com os mercados?

No cenário internacional, a atenção se volta para a divulgação da ata da reunião de novembro do Federal Reserve (Fed, BC dos EUA) nesta quarta-feira (23), depois que algumas autoridades do banco central reiteraram o compromisso de continuar com o aperto da política monetária até que a inflação esteja sob controle.

A maior preocupação do mercado segue sendo a inflação, sobretudo nos países desenvolvidos. James Bullard, dirigente do Fed de St. Louis, afirmou na semana passada acreditar que as taxas de juros nos Estados Unidos precisam subir, pelo menos, a um nível entre 5% e 5,25% ao ano para conter o avanço dos preços.

Enquanto isso, os surtos de Covid-19 na China aumentavam as preocupações sobre uma possível desaceleração de seu crescimento.

Pequim fechou parques, shoppings e museus nesta terça-feira, enquanto mais cidades chinesas retomaram os testes em massa para Covid-19, em meio a um aumento de casos que aprofundou a preocupação com a economia e diminuiu as esperanças de uma reabertura rápida.

No cenário local, investidores se mantêm atentos aos próximos passos em relação à PEC da Transição, em meio à incerteza sobre a sustentabilidade das contas públicas no longo prazo.

Maciel Vicente, consultor de câmbio da iHUB Investimentos, disse à Reuters que as negociações do mercado de câmbio doméstico devem permanecer voláteis enquanto durarem as negociações da PEC da Transição e o processo de escolha das equipes ministeriais oficiais de Lula.

Ainda assim, ele avaliou que, salvo um acontecimento “extraordinário” que assuste os mercados durante o processo de transição, o real deve eventualmente retomar a tendência de enfraquecimento que apresentou durante boa parte de 2022, em meio a fundamentos econômicos mais atraentes do que o de vários de seus pares emergentes.

Vicente espera que o dólar oscile numa faixa entre R$ 5,10 e R$ 5,30 ao longo dos próximos dois a três meses, mas recue num longo prazo – em cerca de 12 meses – para intervalo de R$ 4,90 a R$ 5,10.

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