
Por g1
O dólar opera em alta nesta segunda-feira (11), com novas preocupações com o aumento de casos de covid-19 na China, que podem levar à adoção de uma nova rodada de medidas de restrição à atividade econômica do país.
Às 13h12, a moeda norte-americana era vendida a R$ 5,3455, em alta de 1,47%. Veja mais cotações.
Na sexta-feira, o dólar fechou em queda de 1,42%, a R$ 5,2678. Com o resultado, encerrou a semana com queda de 0,99%. No mês, a alta acumulada é de 0,67%. No ano, ainda tem desvalorização de 5,51% frente ao real.
LEIA TAMBÉM:
- Comercial x turismo: qual a diferença e por que o turismo é mais caro?
- Qual o melhor momento para comprar?
- Dinheiro ou cartão? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens?
- O que faz o dólar subir ou cair em relação ao real?


O que está mexendo com os mercados?
Os investidores voltam a demonstrar preocupação com a economia da China esta semana, por conta do aumento de casos de Covid-19 no país, que podem levar à adoção de uma nova rodada de medidas de restrição à atividade econômica do país. Além do impacto nos preços das commodities, o cenário também dificulta a normalização das cadeias globais de oferta, fator que segue como um empecilho para a queda da inflação ao redor do mundo.
“Na China, o aumento de casos de covid volta a assombrar o país e elevar o risco de novos lockdowns, com impactos possíveis no cenário para o crescimento do país e do mundo”, afirma o diretor de investimentos da TAG, Dan Kawa, em comentário, de acordo com a Reuters.
Já nos Estados Unidos, a semana é carregada de eventos importantes, como a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI), na quarta-feira, além de outros indicadores de atividade econômica no país. Além disso, a semana marca o início da publicação de resultados corporativos nos Estados Unidos, com a divulgação dos balanços de grandes instituições financeiras, como o J.P. Morgan e o Morgan Stanley.
Por aqui, os investidores avaliam os dados do Boletim Focus, que teve sua publicação retomada de forma regular, às segundas-feiras, após o fim da greve dos servidores do Banco Central. Segundo a publicação, as estimativas do mercado financeiro para a inflação deste ano recuaram para 7,67% – mas, para o próximo ano, tiveram alta, para 5,09%.
Na cena política, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) decidiu na semana passada adiar para terça-feira (12) a votação da PEC (proposta de emenda à Constituição) que libera R$ 41 bilhões em gastos a pouco mais de três meses das eleições.
O adiamento, devido ao quórum baixo na sessão, foi interpretado pela oposição como uma derrota para o governo, que tentava concluir a votação desta matéria antes do fim desta semana, a fim de tentar viabilizar o início do pagamento dos benefícios até 1º de agosto.
Apelidado de “PEC Kamikaze” ou “PEC Eleitoral”, o pacote reacendeu temores de descontrole fiscal e de uma pressão ainda maior nos juros e inflação.
- Entenda a PEC que dribla lei e cria estado de emergência
- PEC com benefícios em ano eleitoral eleva apostas de alta maior na Selic

Fonte: G1 – ECONOMIA