FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE HOSPEDAGEM E ALIMENTAÇÃO

Dólar fecha em queda e renova menor nível de outubro, de olho em dados dos EUA; Ibovespa cai

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Mercados operam de lado, com cautela com o exterior. — Crédito/Foto: Pexels

Por g1

O dólar inverteu o sinal positivo visto pela manhã e fechou em queda nesta terça-feira (17). O movimento veio apesar da forte valorização dos rendimentos dos títulos públicos norte-americanos (Treasuries) e em meio a dados fortes da economia dos Estados Unidos.

Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, também fechou o pregão em queda.

Veja abaixo o dia nos mercados.

Dólar

Ao final da sessão, o dólar recuou 0,03%, cotado a R$ 5,0353, renovando o menor patamar de outubro até agora. Veja mais cotações.

Na véspera, a moeda norte-americana fechou o dia com baixa de 1,02%, vendida a R$ 5,0367. Com o resultado de hoje, a moeda passou a acumular:

  • queda de 1,05% na semana;
  • alta de 0,17% no mês;
  • recuo de 4,60% no ano.

Já o Ibovespa recuou 0,54%, aos 115.908 pontos.

No dia anterior, o índice fechou com alta de 0,67%, aos 116.534 pontos. Com o resultado de hoje, passou a acumular:

  • alta de 0,13% na semana;
  • queda de 0,56% no mês;
  • ganhos de 5,63% no ano.

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O que está mexendo com os mercados?

Sem grandes destaques na agenda doméstica, os investidores seguem de olho no cenário internacional.

Dados divulgados mais cedo apontaram que as vendas no varejo dos Estados Unidos aumentaram mais do que o esperado em setembro, à medida que as famílias aceleraram as compras de veículos e gastaram mais em restaurantes e bares.

Além disso, o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) informou nesta terça-feira que a produção industrial norte-americana subiu 0,4% em setembro — também acima do esperado pelo mercado. O movimento veio apesar das greves na indústria automobilística, que reduziram a produção de veículos.

Por fim, os estoques empresariais na maior economia do mundo também aumentaram mais do que o projetado em agosto, segundo o Departamento de Comércio dos Estados Unidos.

Os dados reforçam a perspectiva de um crescimento econômico forte no país no terceiro trimestre e aumentam a expectativa de que o Fed mantenha as taxas de juros básicas dos EUA em níveis elevados por mais tempo — uma vez que é preciso restringir a economia para controlar a inflação.

Nesse contexto, investidores seguem em compasso de espera pelo discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, previsto para quinta-feira, em busca de novos sinais sobre a trajetória da política monetária do país.

Nessa linha, investidores também repercutiram a forte valorização dos títulos públicos norte-americanos.

Ainda no exterior, outro fator que fica no radar dos mercados é a guerra entre Israel e Hamas, que chegou ao seu 11º dia nesta terça-feira, com milhares de mortos e feridos e uma grande corrida diplomática de outros países e autoridades, que tentam evitar que a guerra escale para outros locais da região.

“Vale notar que, além dos impactos humanitários incalculáveis, o principal impacto econômico do conflito na região tende a vir dos efeitos na commodity – e petróleo mais caro no mundo afeta a inflação que Bancos Centrais tentam controlar a duras penas no período pós pandemia. E a inflação mais alta impacta o assunto que não sai dos holofotes: juros”, comenta Rachel de Sá, chefe de economia da Rico.

A especialista destaca que a percepção entre investidores de que o conflito pode não exceder as fronteiras entre os envolvidos diretamente pode trazer certo fôlego para os preços de petróleo.

No entanto, segundo o analista de investimentos Vitor Miziara, com a perspectiva de uma duração mais longa do conflito, a cadeia logística do petróleo, que tem um importante corredor no Oriente Médio, pode ser afetada, fazendo o preço da commodity subir.

Nesta terça, o diretor de política monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que apesar de o comportamento da inflação ter se revelado mais benigno no mercado doméstico, o conflito entre Israel e Hamas acentua a atenção quanto ao preço do petróleo e à cotação do dólar e seus eventuais impactos no Brasil.

Fonte: G1 – ECONOMIA

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