Dólar fecha em alta de 0,39%, mas permanece abaixo de R$ 5,30

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Notas de dólar – Crédito/Foto: Pixabay/NikolayFrolochkin

Por g1

O dólar fechou em alta de 0,39%, cotado R$ 5,2958, nesta quinta-feira (3), com os investidores tomando como argumento o cenário externo mais arisco para recomprar a moeda norte-americana depois de a cotação tocar mínimas em mais de quatro meses.

O mercado analisou ainda a sinalização do Banco Central emitida na véspera sobre reduzir a velocidade de alta dos juros, o que poderia levar o ciclo de aperto a terminar em patamar mais baixo que o previsto por parte dos analistas — o que, dessa forma, reduziria o retorno potencial oferecido pela divisa brasileira.

Apesar do resultado, a moeda norte-americana ainda acumula queda de 0,18% no mês e de 5% no ano. Veja mais cotações.

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Crédito/Foto: G1
Taxa Selic sobe pela oitava vez seguida e chega a 10,75% ao ano – Crédito/Foto: G1

Cenário

Com a elevação da Selic para 10,25% ao ano, a taxa básica de juros do país voltou ao patamar de dois dígitos pela primeira vez em quatro anos e meio. O Copom aumentou a Selic em 1,5 ponto percentual, para 10,75% ao ano, e já explicitou, no comunicado divulgado após a decisão, a intenção de reduzir o ritmo de aperto na reunião seguinte.

A projeção do ABC Brasil, por exemplo, é de que a Selic encerrará o ciclo a 12,25% em maio, com ajustes adicionais de 1 ponto e de 0,5 ponto nos dois próximos encontros do Copom.

Juros mais altos no Brasil são amplamente vistos como positivos para o real, uma vez que elevam a rentabilidade do mercado de renda fixa doméstico e tendem a ser um ponto a favor do fluxo de capital estrangeiro ao país.

Com a nova alta da Selic, o Brasil passou a ter a maior taxa mundial de juros reais, isto é, quando se desconta a perda pela inflação, segundo ranking da Infinity Asset Management.

A projeção do mercado para a inflação de 2022 está atualmente em 5,38%. Tal perspectiva aumenta a atratividade do Brasil para o investidor estrangeiro.

Vale lembrar, porém, que juros mais altos encarecem o crédito, afetando o consumo da população e os investimentos produtivos. Dessa maneira, impacta negativamente o Produto Interno Bruto (PIB), o emprego e a renda.

Na cena externa, as bolsas globais recuaram nesta quinta após os resultados decepcionantes das empresas líderes do setor de tecnologia e enquanto os operadores aguardam mais pistas sobre o ritmo do aperto monetário nos Estados Unidos.

No Reino Unido, o banco central britânico elevou os juros de 0,25 para 0,5% ao ano nesta quinta-feira, com a instituição alertando que a inflação chegará em breve a mais de 7%.

Fonte: G1 – Economia

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