
O volume de receitas do setor de serviços em 2021 deve apresentar aumento de 9,3% em relação a 2020. Essa é a expectativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), com base nos dados divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) de outubro. As perspectivas são positivas apesar do recuo mensal de 1,2% apresentado pelo índice, que ficou aquém do esperado pela CNC (- 0,7%). A retração foi a maior para meses de outubro desde 2016 (-1,5%). Já na comparação com o mesmo mês no ano passado, o setor registrou aumento de 7,5%, a oitava expansão consecutiva.
O presidente da CNC, José Roberto Tadros, justifica que o otimismo se dá por conta do avanço na vacinação. “Foi fundamental para a desaceleração da pandemia e, consequentemente, para que atividades de serviços avançassem rumo à recuperação plena de sua capacidade de geração de receitas”.
Contudo, Tadros alerta que a tendência é que o “efeito normalização” contribua cada vez menos daqui para frente.
Turismo também deve avançar
A entidade também projeta crescimento para o segmento de turismo, que deve contar com avanço de 21,9% no volume de receitas ainda este ano e de 2,4% no próximo. O setor, no entanto, ainda segue em recuperação com arrecadação de outubro 19,5% abaixo da registrada em fevereiro do ano passado. Segundo a pesquisa, no mês, a diferença entre a geração de receitas do turismo e o seu potencial indicou a menor perda mensal de receitas desde o início da pandemia (R$ 11,2 bilhões).
O economista da CNC responsável pela análise, Fabio Bentes, observa que, em ambos os casos, confirmadas as perspectivas, os setores registrariam as maiores taxas anuais de crescimento desde o início da PMS. “A expectativa para essas atividades nos próximos meses segue favorável, apesar de as restrições e o cancelamento de eventos relevantes retardarem a retomada da recuperação plena do potencial de geração de receitas. Acreditamos que essa movimentação acontecerá a partir de agosto de 2022”, estima.
Fonte: CNC