Unidas contra aumento no PIS/Cofins, entidades realizam seminário em Brasília

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Elevação, de 3,65% para 9,25%, elevará a carga tributária em R$ 50 bilhões, agravará a inflação e pode gerar mais 20 milhões de desempregados no Brasil

Dispostas a lutar contra a ameaça de aumento de 3,65% para 9,25% do PIS/Cofins, que aumentará a carga tributária brasileira em R$ 50 bilhões e prejudicará cerca de 1,5 milhão de empresas, a Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA) e entidades de outros setores produtivos realizarão, no dia 6 de dezembro, na Câmara dos Deputados, o seminário Impactos da Reforma do PIS/Cofins sobre o Setor de Serviços.

Para a FBHA, elevar a carga tributária brasileira, uma das mais altas do mundo, justamente neste momento de recessão econômica, levará ao aumento do desemprego no Brasil e, consequentemente, agravará a recessão. Para a hotelaria, que foi diretamente impactada pelas consequências da crise econômica e vive momentos de queda nas taxas de ocupação, a mudança no PIS/Cofins representará um aumento de 47% no valor do tributo pago atualmente. “Os prestadores de serviços não têm condições de arcar com esta elevação, e podemos prever um contingente ainda maior de estabelecimentos fechados e trabalhadores desempregados no País, caso o governo opte pela saída fácil de transferir para o setor produtivo, por meio da elevação de impostos, o custo da não-redução dos gastos públicos”, afirma o presidente da entidade, Alexandre Sampaio.

O evento é parte da Mobilização Nacional contra o Aumento do PIS/Cofins, movimento que conta com a adesão de mais de 70 entidades representantes de variados setores produtivos do País.

Manifesto #contramaisimpostos

As entidades que aderiram à Mobilização Nacional contra o Aumento do PIS/Cofins assinaram também o Manifesto #contramaisimpostos, no qual apresentam números que dão a dimensão dos impactos da elevação de impostos sobre as empresas:

• Os setores com atividades de serviços intensivos em mãos de obra serão os mais afetados, com aumentos de até 5% de tributos sobre a nota;
• O custo do PIS/Cofins subiria 104%, em média, para os setores estudados pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT);
• As mudanças gerariam um aumento médio de 4,3% nos preços, pressionando ainda mais o cenário inflacionário do País;
• A carga tributária (uma das maiores do mundo) será elevada em R$ 50 bilhões;
• Mais de 20 milhões de trabalhadores terão seus empregos ameaçados.

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