Os empresários do Turismo esperam com otimismo pelo retorno das comissões legislativas, após a definição da nova mesa diretora do Senado. O PLS 186/2014, de autoria do senador Ciro Nogueira (PP-PI), que regulamenta os jogos de azar no país, chegou a ser levado a plenário no fim de 2016, mas acabou encaminhado à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para ampliar o debate sobre o tema. A Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA) apoia a medida, que geraria milhares de empregos formais em vários destinos do país.
Alexandre Sampaio, presidente da FBHA, afirma que a legalização pode trazer muitos investimentos para a hotelaria nacional: “estima-se a criação de 400 mil novos postos de trabalho e renda, e um incremento de mais de 200% no potencial turístico das cidades com a legalização dos jogos”.
A indústria hoteleira está pronta para reviver os áureos tempos do jogo legalizado no país, entre os anos 30 e 40. Naquela época, dezenas de hotéis-cassino geravam emprego e renda para mais de 40 mil pessoas no Brasil. Cidades como Poços de Caldas (MG), Petrópolis (RJ) e Araxá (MG) experimentavam um boom no turismo, prejudicado pelo decreto do então presidente Eurico Gaspar Dutra que proibiu os cassinos.
Pelo menos dois grupos estrangeiros já estão prontos para instalar cassinos no Brasil, assim que o jogo for liberado pelo Congresso. Um deles, formado por empresários ítalo-americanos, e outro por franceses com investidores árabes. A França tem 189 cassinos, e os Estados Unidos possuem 1.514 – 122 deles só na cidade de Las Vegas. Estima-se que, no Brasil, o jogo legalizado arrecade R$ 15 bilhões em impostos por ano.