Turismo na capital paulista teve queda de 6,8% no início do ano

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Foto: Pexels

O Índice Mensal de Atividade do Turismo (IMAT) apresentou queda de 6,8%, em janeiro, influenciado pelos impactos da variante Ômicron. De acordo com o indicador do Conselho de Turismo, da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP), realizado em parceria com a SPTuris, o número-índice voltou a 80, após os 85,9 registrados em dezembro. Em comparação ao mesmo período do ano passado, quando a cidade enfrentava o início da segunda onda da pandemia do coronavírus, houve crescimento de 36,6%.

A taxa média de ocupação hoteleira foi a que mais influenciou o desempenho negativo no mês: de 58,9%, em dezembro, para os atuais 48,7%. Em comparação a janeiro de 2021, houve alta de 17,3 pontos porcentuais (p.p.) – a taxa era de 31,4% no período. O faturamento das empresas do setor também apresentou queda. A baixa foi de 15,4% na comparação com dezembro: o índice está em 75,1, 25% abaixo do período pré-pandemia. Na comparação interanual, apontou-se aumento de 78%, em razão da base fragilizada e das limitações dos setores no início do ano passado.

Em razão da Covid-19, da redução da oferta e do cancelamento de voos por falta de tripulação, além dos cancelamentos efetuados pelos passageiros, a movimentação nos aeroportos diminuiu, com queda de 4,9% em relação a dezembro (alta de 36% no contraponto anual).

Apesar da menor circulação de pessoas nos aeroportos, a movimentação nas rodoviárias cresceu 9,5%: 1,2 milhão de passageiros, 105 mil a mais que dezembro, passaram pelos terminais. Ao comparar o resultado de janeiro com o mesmo período de 2020, a alta registrada na movimentação de passageiros pelos terminais rodoviários foi de 43%.

Por fim, o emprego registrou queda de 0,3% e voltou a ficar abaixo dos 400 mil trabalhadores ligados ao setor de turismo na capital paulista. Apesar do desempenho desfavorável, o atual patamar está praticamente igual ao de janeiro de 2020.

Na avaliação da Fecomércio-SP, apesar de a Ômicron ter afetado a economia em janeiro (e até mesmo em fevereiro), superando o auge de casos e internações, a rotina foi gradualmente retomada, bem como a confiança de empresários e consumidores. Assim, apesar do temor quanto a cancelamentos no primeiro trimestre, os eventos e as viagens devem ocorrer de forma cada vez mais intensa.

A elevação dos casos de Covid-19 no país fez com que muitas cidades cancelassem os seus planos para o Carnaval de rua pelo segundo ano consecutivo. Ainda assim, de acordo com dados da plataforma ClickBus, as vendas de passagens rodoviárias tiveram um crescimento de 140% durante o feriado de Carnaval, na comparação com o mesmo período de 2021. As vendas para este ano superam as de 2020, que até então era o melhor resultado para data e o último ano em que a festa ocorreu normalmente no país, em 8%. Os dados também mostram que a maior movimentação de turistas aconteceu nas rodoviárias do Sudeste, responsável por 71% das vendas no período.

As cidades mais buscadas por quem, mesmo sem a folia, decidiu aproveitar o feriado foram São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte, Campinas, Santos, Praia Grande, Fortaleza, Porto Alegre e Salvador.

O levantamento também mostra que as pessoas têm comprado suas passagens com menor antecedência para a viagem e que muitas delas realizam apenas a compra da ida em um mesmo carrinho, sem definir a data da volta.

Fonte: Monitor Mercantil

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