Especialistas defendem capacitação, elevação da escolaridade e valorização dos profissionais do turismo

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Credito Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

Roberto Fragoso

Transcrição

LOC: ELEVAR A ESCOLARIDADE DOS TRABALHADORES, VALORIZAR A PROFISSÃO E DAR PERSPECTIVA DE FUTURO PARA QUEM ENTRA NA ÁREA DO TURISMO.

LOC: ESSES SÃO OS PRINCIPAIS DESAFIOS PARA PROMOVER A QUALIFICAÇÃO NO SETOR QUE EMPREGA MUITO, MAS AINDA PAGA BAIXOS SALÁRIOS. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO.

Apesar de ser um setor com alta capacidade de geração de empregos, o turismo não tem atraído pessoas com interesse em qualificação profissional. Isso porque a distância entre os postos mais baixos, no nível operacional, e os mais altos, muitas vezes os donos dos negócios, é muito grande e os empregados não veem chance de crescimento. Por conta disso, as vagas terminam ocupadas por trabalhadores com baixa escolaridade – 70% não concluíram o ensino fundamental – e os salários são baixos. Marutschka Moesch (Marútixca Mêsh), diretora do Centro de Excelência em Turismo da Universidade de Brasília, defendeu que a qualificação seja ligada ao ensino formal. Para ela, é preciso mostrar ainda para os trabalhadores a associação entre a qualificação e o crescimento profissional.

Principalmente os jovens, eles precisam ver que o seu ingresso nesse mercado de trabalho possibilitará, com permanente qualificação, que eles tenham uma profissão de fato, e essa profissão seja uma profissão valorizada não só no reconhecimento econômico, mas no reconhecimento social, para que tenhamos um turismo realmente mais competitivo e tenhamos uma sustentabilidade não apenas ambiental e econômica, mas social nessas localidades.

O presidente da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo, Fernando Collor, do PROS de Alagoas, defendeu que a implantação de programas de qualificação incluam temas inovadores, e tenham foco no crescimento sustentável.

Não se trata apenas de oferecer conteúdo a trabalhadores e empresários, mas também de sensibilizar todos os segmentos envolvidos para os temas do meio ambiente, promoção dos direitos humanos, proteção de indígenas, a comunidades tradicionais, respeito às minorias, combate à xenofobia e à intolerância. As políticas de qualificação que desejamos estão voltadas para um turismo humano e civilizatório.

Os especialistas lembraram que hoje o profissional da área deve estar preparado para lidar com desafios e não pode pensar no turismo de forma isolada, pois fatores globais como crises sanitárias e econômicas afetam o fluxo de turistas. Da Rádio Senado, Roberto Fragoso.

Fonte: Senado Federal – Rádio Senado

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