O cenário econômico do País e a baixa do movimento turístico influenciam o mercado hoteleiro do Rio de Janeiro e a cidade deve viver uma baixa de preços nas diárias.
O presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação, Alexandre Sampaio, que vê com preocupação o movimento. “A cidade teve um aumento grande na oferta de leitos para os Jogos Olímpicos, que foi sucedida por uma baixa no movimento geral do turismo”, afirma, usando como exemplo a Barra da Tijuca, onde os hotéis estão operando com 60% de sua capacidade.
Sampaio diz que pelo menos 50% da atividade hoteleira da cidade está vinculada a negócios, e, se o setor produtivo não é forte, os impactos são imediatos. Por outro lado, os preços mais baixos das diárias pode atrair turistas que eventualmente iriam para outros destinos. “As instalações construídas para as Olimpíadas permanecem como atrações para quem vem de fora, o que, aliado ao apelo que a cidade tem, pode compensar as quedas do turismo de negócios”, diz.
Enquanto a economia não se recupera, a entidade se movimenta junto ao Congresso Nacional, em Brasília, para provocar medidas capazes de melhorar o ambiente de negócios para os empresários do setor. A FBHA tem trabalhado na elaboração de sugestões de mudanças para a Lei Geral do Turismo, com o objetivo de ajustá-la ao contexto atual do setor. Um documento, elaborado a partir das demandas de empresários de todo o País, deve ser entregue ao ministro do Turismo, Marx Beltrão, no início de 2017. Além disso, a federação trabalha pela regulamentação do trabalho intermitente, um regime que pode incrementar a geração de postos de trabalho na hotelaria em períodos de maior demanda da atividade.