A regulamentação das plataformas eletrônicas de hospedagem, como o Airbnb, o Homeaway e o Wimdu, foram foco de abordagem do presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação, Alexandre Sampaio, durante painel sobre as tendências e o futuro da hotelaria, no Fórum Panrotas. O empresário defende que players de um mesmo segmento tenham condições igualitárias de operação – do contrário, a concorrência não será justa.
“O modus operandi da equação desses sistemas têm de ser enquadrados na Lei Geral do Turismo, de forma a conter a concorrência desleal que o setor hoteleiro sofre com esses sites”, ressalta Sampaio, acrescentando que, de ferramentas de negócios experimentais, estes sites transformaram-se majoritariamente em imobiliárias digitais, uma vez que sua atividade principal é a locação de imóveis vazios.
A questão mobiliza todo o trade de hospedagem. A FBHA, que representa legalmente as cerca de 940 mil empresas de hospedagem e alimentação, e entidades associativas do setor, como Abih, Fohb e Brasil Resorts, entregarão, no próximo dia 23 de março, em Brasília, uma carta aberta conjunta ao ministro do Turismo, Marx Beltrão, solicitando o seu comprometimento formal com a demanda de incluir, na nova Lei Geral do Turismo, a regulamentação desta atividade.
O ministro é favorável à proposta e afirmou, durante discurso no Fórum Panrotas, que “não é justo que Airbnb, Uber e similares exerçam suas atividades sem arcarem com a taxação de tributos no Brasil”. Para Beltrão, “a tecnologia permite a entrada desses players, e eles são bem-vindos, desde que arquem com as mesmas condições da concorrência”.
O Fórum Panrotas realizou sua 15ª edição nos dias 13 e 14 de março, no hotel Grand Hyatt, em São Paulo. O evento contou com uma aliança institucional com o sistema CNC-Sesc-Senac, do qual a FBHA faz parte.