
Por Reuters
Os preços ao produtor no Brasil registraram queda de 0,12% em dezembro, mas ainda assim fecharam 2021 com avanço acumulado de 28,39%, recorde da série histórica iniciada em 2014, de acordo com os dados desta terça-feira (1) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O Índice de Preços ao Produtor (IPP) mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, isto é, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação, e abrange as grandes categorias econômicas: bens de capital, bens intermediários e bens de consumo (duráveis, semiduráveis e não duráveis).
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Entre as 24 atividades analisadas, o IBGE apontou que as duas maiores quedas em dezembro ocorreram nas indústrias extrativas (-12,77%) e de metalurgia (-3,27%). No ano, os destaques ficaram para refino de petróleo e biocombustíveis (69,72%), outros produtos químicos (64,09%), metalurgia (41,79%) e madeira (40,76%).
“Podemos enumerar, o câmbio (como fator para o resultado de 2021), cuja depreciação chegou a quase 10%; o comportamento do mercado ao longo do ano, com aumentos consideráveis no preço do minério de ferro, do óleo bruto de petróleo, de alimentos como açúcar e carne”, explicou o gerente do IBGE, Alexandre Brandão.
Ele ainda destacou o impacto da pandemia nas cadeias produtivas, bem como o clima, explicando que o inverno foi rigoroso e causou problemas nas safras do açúcar e do café, por exemplo.
Fonte: G1 – Economia