Dólar opera instável, após dados de emprego dos EUA

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Dólar – Crédito/Foto: Pexels_visionart.av

Por g1

O dólar opera instável nesta sexta-feira (2), após dados de emprego dos EUA positivos esfriarem a disposição do Federal Reserve (Fed) de desacelerar os juros.

Às 11h19, a moeda norte-americana caía 0,19%, cotada a R$ 5,1867. Veja mais cotações.

No dia anterior, a moeda norte-americana recuou 0,10%, cotada a R$ 5,1966. Com o resultado, acumula queda de 0,10 no mês e de 6,78% no ano.

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Crédito/Fonte: Valor Pro

O que está mexendo com os mercados?

criação de vagas fora do setor agrícola dos EUA totalizou 263 mil no mês passado, informou nesta sexta o Departamento do Trabalho, acima dos 200 mil empregos esperados por economistas consultados pela Reuters.

“Da série ‘good news, bad news’ (notícia boa é notícia ruim): o forte resultado do mercado de trabalho nos EUA significa que o Fed pode até desacelerar a alta (de juros) em dezembro, mas o aperto monetário deve ir mais longe”, disse Rafaela Vitoria, economista-chefe do Banco Inter, em publicação no Twitter.

Mais cedo nesta semana, investidores haviam moderado suas apostas para o ritmo e o nível final do ciclo de aperto monetário do Federal Reserve após o presidente do banco central dos Estados Unidos, Jerome Powell, dar uma indicação clara da intenção de desacelerar a alta de juros conforme indicadores recentes sinalizam arrefecimento da inflação no país. A resiliência do mercado de trabalho, no entanto, lança dúvidas sobre essa perspectiva.

Quanto mais altos são os juros nos EUA, mais o dólar tende a se beneficiar globalmente, conforme os rendimentos norte-americanos se tornam mais atraentes para investidores estrangeiros.

Apesar do salto pontual, o dólar logo retomou a tendência de queda frente ao real, ficando a caminho de fechar a semana em queda de mais de 4%, o que marcaria a depreciação mais intensa nessa base de comparação em um mês.

No cenário local, investidores têm associado a baixa recente à expectativa de que a PEC da Transição seja moderada durante tramitação no Congresso.

Da forma que foi protocolada no Senado no início desta semana, a PEC abre uma exceção à regra do teto de gastos de quase R$ 200 bilhões por quatro anos, em grande parte para custear o Bolsa Família.

“No que diz respeito ao impacto fiscal, a equipe de Lula parece ter definido um ‘piso’ que considera razoável para minimizar os impactos fiscais negativos. Existem, porém, pressões de dentro do Congresso e do mercado para que esse valor caia para algo entre 80 bilhões e 130 bilhões de reais –a fim de evitar uma disparada da relação dívida/PIB”, disse a Levante Investimentos em nota a clientes.

“Um cenário mais pessimista estava sendo precificado e um impacto fiscal menor traz algum alívio para os ativos financeiros”, acrescentou a instituição.

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Reginaldo Lopes (MG), que é membro da transição de governo, disse nesta sexta-feira que o piso para a PEC da Transição é de uma exceção de R$ 150 bilhões à regra do teto de gastos.

Apesar da perspectiva de que a PEC seja enxugada, a Genial Investimentos alertou em nota a clientes que, com um possível melhor entendimento entre a Câmara e o novo governo, existe a chance que um gasto extra teto “acima do plausível” volte a entrar na pauta novamente, o que a instituição avaliou como negativo para os ativos brasileiros.

O IBGE divulgou nesta sexta que a produção industrial brasileira teve alta de 0,3% na passagem de setembro para outubro, interrompendo dois meses seguidos de queda.

Fonte: G1 – ECONOMIA

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