
Por g1
O dólar opera com pequenas variações nesta segunda-feira (4), em dia de feriado nos EUA, com os investidores monitorando o aumento dos riscos fiscais no Brasil.
Às 11h11, a moeda norte-americana caía 0,06%, vendida a R$ 5,3174. Veja mais cotações.
Na sexta-feira, o dólar fechou em alta de 1,68%, a R$ 5,3206, maior patamar de fechamento desde 4 de fevereiro. No ano, ainda tem desvalorização de 4,56% frente ao real.
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O que está mexendo com os mercados?
Nos Estados Unidos, os mercados financeiros não funcionam nesta segunda-feira devido ao feriado do Dia da Independência.
Os preços do petróleo eram negociados em alta nesta segunda, com o barril do Brent cotado acima de US$ 113. Já os contratos futuros de minério de ferro fecharam em queda de mais de 5% na China.
A divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed), na quarta-feira, pode trazer mais pistas sobre o próximo passo da política monetária americana – uma alta de 0,50 ponto ou uma alta de 0,75 ponto. Na sexta-feira, os dados de criação de empregos nos EUA também servirão como um termômetro importante do estágio atual do ciclo de crescimento da economia do país.
Na cena doméstica, o foco segue na tramitação da PEC (proposta de emenda à Constituição) que libera R$ 41 bilhões em gastos a pouco mais de três meses das eleições. A PEC foi aprovada no Senado e agora depende do aval da Câmara dos Deputados. Se aprovada, seu impacto nos cofres públicos pode chegar a R$ 41,2 bilhões.
Apelidada de “PEC Kamikaze”, ela reacendeu temores fiscais e de uma pressão ainda maior nos juros e inflação. Analistas apontam também que a proposta é uma forma jurídica de tentar burlar a lei eleitoral.
Além de reconhecer um estado de emergência para criar um “voucher caminhoneiro” e de ampliar o Auxílio Brasil e o Auxílio Gás, a PEC –chamada por alguns participantes do mercado como “PEC das bondades” ou “PEC kamikaze”– foi complementada para incluir a concessão de um benefício destinado a taxistas e ainda um crédito suplementar a programa alimentar.
“O resultado é mais uma medida que fragiliza o teto do gasto público e, consequentemente, aumento do risco fiscal do país. Com o aumento do risco fiscal, a tendência de valorização da taxa de câmbio que começou no início de 2022 se reverteu”, disseram em nota analistas da Genial Investimentos.