
Evento de grande visibilidade global enfrenta desafios logísticos para acomodar delegações e a sociedade civil
A Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA) expressa preocupação com a prática de preços exorbitantes de hospedagem na cidade de Belém (PA), sede da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em novembro de 2025. A entidade aponta que plataformas de aluguéis privados e a oferta indiscriminada de imóveis para temporada têm sido os principais catalisadores do aumento abusivo de valores.
A COP30, evento de grande visibilidade global, enfrenta desafios logísticos para acomodar delegações e a sociedade civil. A FBHA esclarece que, em resposta à crise de hospedagem, a entidade participou de reuniões com o governo local e organização do evento. Nesses encontros, foi alinhado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para o setor hoteleiro, o que garantiu que os hotéis entregassem 20% dos leitos a preços definidos pelos organizadores, ou seja, com valores acessíveis. Portanto, o presidente da FBHA, Alexandre Sampaio, destaca que os hotéis formais se dispuseram a colaborar com esta solução.
“Os hotéis de Belém já comprometeram parte de seus leitos para atender à demanda da COP30. Em acordo com a organização do evento, 20% dos leitos foram destinados a preços acessíveis, com tarifas diferenciadas para ONGs, países em desenvolvimento e nações mais desenvolvidas. Os contratos estão firmados e os hoteleiros estão comprometidos em respeitá-los”, explica Sampaio.
A Federação reforça que, embora Belém tenha um grande atrativo turístico por sua localização na Amazônia, a infraestrutura hoteleira não é suficiente para a grandiosidade da demanda gerada pela COP30. Essa lacuna, segundo a FBHA, tem sido explorada por plataformas de aluguéis por temporada, que operam sem a mesma regulamentação do setor hoteleiro e praticam reajustes de preços desproporcionais.
“Os hotéis oferecem reajustes compatíveis com a demanda disparada pelo evento – o que acontece naturalmente em qualquer lugar, e todos que fecharam e contratualizaram estão ali já acordados. Nosso setor trabalha com planejamento e previsibilidade. A falta de regulamentação para o aluguel de casas e apartamentos por plataformas digitais é o principal fator que impulsiona a especulação”, conclui Alexandre Sampaio.
Por Aline Ramos
Assessoria de Comunicação da FBHA.