“O segmento hoteleiro no Brasil cresceu por ser criativo, mas o Brasil ainda carece de linhas de financiamento para o setor”. A afirmação é do diretor geral da InterCity, Alexandre Gehlen, que participou, no dia 27 de janeiro, da segunda edição do Fórum Respostas Capitais, promovido pelo jornal Zero Hora, em Porto Alegre, e que contou com a presença da coordenadora do escritório da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA) no Rio Grande do Sul, Clarissa Longoni.
O empresário, que teve contato com a hotelaria aos 12 anos, quando decidiu trabalhar por uns tempos na pousada de sua avó, em Gramado, traçou um balanço do comportamento do setor hoteleiro nos últimos três anos: “Entre 2005 e 2008, a hotelaria corporativa brasileira crescia a dois dígitos todos os anos. Em compensação, o segmento de lazer vivia outro cenário, pois, com o dólar baixo, os brasileiros viajavam para fora. Nos últimos três anos, começamos a perceber uma inversão: a demanda por viagens a lazer foi crescendo e o segmento corporativo, caindo. No ano passado, a queda real na relação receita/quarto foi de 9%. Ou seja, nada na vida é bom ou ruim para sempre”, afirmou.
O convite para que a FBHA participasse do Fórum veio do jornal Zero Hora, em um movimento de aproximação entre o veículo, seu público e os empresários da capital, que movimentam a economia de Porto Alegre. Mas, mais do que permitir a aproximação da entidade que representa as empresas de hospedagem e alimentação do País, o evento é uma oportunidade de ouvir as experiências e entender melhor as demandas dos empreendedores da área – para, assim, defender melhor os interesses do setor.
Clarissa Longoni ressaltou a importância desta troca de experiência entre os empresários: “As pessoas se veem na mesma situação, e podem, diante de relatos sobre problemas iguais, mas ações diferentes, buscar novas medidas e alcançar novos resultados em seus próprios negócios”, disse.